A Geração Z e a Reputação Empresarial

A geração Z e a reputação empresarial
Os zoomers tão poderosos e seu jeito de ser que afeta reputações

A Geração Z, composta por jovens nascidos aproximadamente entre meados da década de 1990 e meados dos anos 2000, está moldando significativamente o cenário empresarial atual. Essa geração é conhecida por uso ativo da tecnologia e atitude crítica em relação às empresas e marcas.

O relatório “O desafio Z: Comunicação para a geração hiperconectada” da Kantar IBOPE Media, de 2021 já apontava que 98% deles acessam a internet e se mantêm conectados em média 6 horas e 45 minutos diariamente. Os nativos digitais têm preferência por dispositivos móveis e 98% deles usam smartphones para acesso à internet.

As redes sociais também têm papel vital e 60% acompanham marcas nas redes sociais, muito acima da média geral, 36%, e se tornou o principal método para buscar opções de consumo, empregado por 97% do grupo.

Outro estudo, da Consumoteca, com 2 mil jovens de Argentina, Brasil, Colombia e México, atesta sua atitude crítica: metade deles já boicotaram ou deixaram de consumir alguma marca por envolvimento em escândalos e só um a cada quatro se declara fiel a uma marca.

Como consumidores e profissionais, os “zoomers”, como são apelidados, têm novas expectativas, como valorizar a transparência, a responsabilidade social e a autenticidade. Esses valores influenciam não apenas suas decisões de compra, mas também suas escolhas de carreira.

Você pode estar se perguntando… Uma vez que este artigo é assinado por uma profissional da Percepta, dedicada à área de reputação, qual a relação entre a Geração Z e a reputação empresarial?

Nosso objetivo é entender como as empresas podem adaptar suas práticas de recrutamento para atrair talentos da Geração Z, fortalecer sua reputação como empregadores responsáveis e atraentes e até tirar partido de seu comportamento em rede para ampliar a visibilidade da companhia, da marca ou de seus produtos.

A Geração Z e a Reputação Empresarial:

A reputação de uma empresa é fundamental para atrair e reter talentos da Geração Z. Essa geração está profundamente envolvida com questões sociais e ambientais e espera que as empresas demonstrem um compromisso genuíno com a responsabilidade corporativa.

Empresas que adotam práticas sustentáveis, promovem a diversidade e a inclusão e se envolvem em causas sociais, têm maior probabilidade de atrair talentos desse grupo e serem vistas como empregadores de escolha.

Por valorizar a transparência e a autenticidade das empresas, a Geração Z espera que as marcas sejam honestas em suas comunicações e operações. Os “zoomers” são rápidos em expor casos de greenwashing ou falsa representação; empresas que se destacam pela sua transparência e integridade têm maior probabilidade de conquistar sua confiança e lealdade.

5 cuidados no processo de Recrutamento e Seleção da geração Z

Ao recrutar membros da Geração Z, as empresas devem adotar uma abordagem cuidadosa para garantir que a atração dos melhores talentos e fortalecer sua reputação como empregadores de destaque. Aqui estão algumas considerações:

  1. Comunicação Transparente: Desde o início do processo de recrutamento, as empresas devem ser transparentes sobre seus valores, cultura organizacional, expectativas de trabalho e benefícios oferecidos aos funcionários. A transparência é fundamental para construir uma relação de confiança com os candidatos da Geração Z.
  2. Utilização de Tecnologia: Como nativos digitais, os membros da Geração Z esperam que os processos de recrutamento sejam eficientes e digitalizados. As empresas devem utilizar plataformas online para a oferta de vagas, entrevistas por vídeo e outras ferramentas tecnológicas para simplificar o processo e aumentar a acessibilidade para os candidatos.
  3. Flexibilidade e Equilíbrio entre Vida Pessoal e Profissional: A Geração Z valoriza um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal. As empresas devem oferecer horários flexíveis, opções de trabalho remoto e políticas de licença parental atrativas para atrair talentos dessa geração.
  4. Diversidade e Inclusão: Os membros da Geração Z valorizam a diversidade e a inclusão no local de trabalho. As empresas devem demonstrar compromisso genuíno com a promoção da diversidade em suas equipes e garantir que o processo de recrutamento seja justo e inclusivo para todos os candidatos.
  5. Feedback Contínuo: Durante o processo de recrutamento, as empresas devem fornecer feedback aos candidatos, mesmo que não sejam selecionados para a posição. O feedback regular e construtivo demonstra respeito pelo tempo e esforço investidos pelos candidatos e ajuda a fortalecer a reputação da empresa como empregadora responsável.

Vale lembrar que esse público, quando tem orgulho de pertencer, acaba ampliando a visibilidade da empresa espontaneamente. Como nativos digitais, os “zoomers” estão profundamente envolvidos nas mídias sociais e em outras plataformas online. Eles usam esses canais para compartilhar experiências com marcas e empresas, e são influenciados pelas opiniões de seus pares ao formar suas próprias percepções sobre a reputação de uma empresa.

Os talentos querem se identificar com a organização em que trabalham.

relatório da Randstat – Workmonitor 2024

Mas eles também são rápidos para chamar a atenção para comportamentos problemáticos de empresas e indivíduos. Isso pode levar ao cancelamento público de marcas que são consideradas inautênticas, insensíveis ou antiéticas.

Segundo o relatório da Randstat – Workmonitor 2024, “os talentos querem se identificar com a organização em que trabalham. A necessidade de um local de trabalho equitativo e de empregadores que se preocupam com eles e com o que eles valorizam continua forte. Aprender sobre as diferentes motivações e necessidades de diferentes gerações será fundamental para a atração e retenção de talentos” e, consequentemente, reforçar sua reputação empresarial.

Espelho, espelho meu

Imagem e Reputação
A imagem que você vê no espelho não é a que cria sua reputação

Olhe-se com atenção no espelho. Você realmente se vê como os demais te enxergam? Consegue identificar a diferença? Ângulo, volume, iluminação são alguns dos fatores externos determinantes de sua imagem, que nem sempre você próprio consegue alcançar.

Podemos ir adiante. Você acredita que sua imagem reflete sua reputação? A forma como você é identificado (ou identificada) pelas outras pessoas diz tudo sobre quem você é? Por exemplo, quais são seus valores, como você toma decisões, para que time você torce ou qual o sabor de pizza tem sua preferência são questões internas que sua imagem pode não espelhar.

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

Por aqui temos algumas pistas da diferenciação entre imagem e reputação, que podem ser relevantes no âmbito individual, mas assumem papel crucial quando envolvem marcas, empresas, produtos ou serviços. Mal comparando, já que academicamente os termos podem se confundir, a imagem refletiria seus aspectos externos mais concretos, enquanto a reputação é formada com aspectos mais internos e até mais sutis.

Mesmo a imagem pode ser enganosa. Considerado seu aspecto mais externo e concreto, seria o resultado de uma somatória de percepções palpáveis e resultantes de contato direto, como as mensagens transmitidas por meios de comunicação ou a qualidade do produto ou serviço. Um exercício corporativo interessante é elencar qualidades objetivas que a instituição em foco acredita ter (ou seus produtos e serviços, por exemplo) e confrontá-las com a lista formada por outros públicos, como funcionários, clientes, fornecedores, mercado financeiro, imprensa.

Reputação é o resultado de uma somatória de percepções palpáveis e resultantes de contato direto, como as mensagens transmitidas por meios de comunicação ou a qualidade do produto ou serviço.

Pode ser que deste cruzamento de informações surja algo na linha do velho ditado, por fora bela viola e por dentro pão bolorento (aliás, qual será a origem dessa frase? Quem souber comente, por favor!). É o caso de uma empresa instalada em um prédio maravilhoso, com produtos lindos, assinando mensagens lindas e tocantes mundo afora… Mas, de outro lado, trata mal seus funcionários, atrasa seus pagamentos, às vezes não joga limpo com fornecedores, desmata a Amazônia, usa matérias-primas geradas com uso de mão de obra escravizada e por aí vai.

Nem sempre há como um consumidor ter acesso ao nível de bem-estar dos funcionários, ou ao calendário de pagamentos dos fornecedores. Um fornecedor pode não ter domínio sobre o desmatamento promovido pela empresa. Mesmo indicadores de governança, sustentabilidade e atenção social – a famosa sigla ESG – podem ser maquiados, voluntária ou involuntariamente.

Entretanto, todos estes pequenos atos, agregados, vão compor a reputação. Pois esta é multifacetada, enxergada de várias formas e resulta da somatória de percepções de diferentes públicos afetados pela empresa ou marca. Mesmo invisível a olho nu, elas estarão presentes e passíveis de contaminar diferentes segmentos da sociedade.

Um vizinho da empresa que vê a forma como o lixo é descartado ou um comprador que percebe em uma loja o descaso refletido nas equipes de vendas são elementos pequenos, que se juntarão aos grandes, para formar a tão sutil, mas nem tão intangível, reputação, uma construção coletiva, multifacetada e dinâmica que merece bem mais atenção do que a construção de um belo e idealizado reflexo.

Por isso, o trabalho direcionado a atuar sobre a reputação começa com uma investigação junto a públicos por vezes negligenciados, incluindo desde funcionários a fornecedores e formadores de opinião. O resultado pode ser surpreendente – e nem sempre no mau sentido, já que podem vir à tona tanto ameaças, que devem dar origem a medidas corretivas, quanto oportunidades “escondidas”, que podem se transformar em benefícios reputacionais concretos.

Um mundo cheio de soluções milagrosas

erros e mais erros os mais primários

Em meio a discussões intermináveis a respeito de metaverso, ESG, milagres das mídias sociais, projeções de um mundo novo com deslumbrantes desenvolvimentos tecnológicos, chega a ser cômico deparar-se com uma matéria no Advertising Age em que ficam à mostra erros primários que custam fortunas e em lugar de gerar simpatia por produtos, ao contrário, geram irritação e contribuem negativamente para a reputação de marcas muitas vezes famosas de empresas com estruturas de marketing cheias de cérebros pagos a peso de ouro.

A matéria é sobre fortunas que são postas no ralo, com a cansativa repetição de anúncios levados ao ar: “Repetição de anúncios irrita espectadores e desperdiça milhões de dólares – diz o título da matéria.

O fenômeno nos Estados Unidos repete-se aqui todos os dias, e não é preciso sequer ligar a TV. Ligue-se o rádio, por exemplo na Band News. Cada vez (e são muitas e muitas vezes) que começa o spot desagradável de uma empresa de “facilities” (eta palavrinha irritante!) troco de estação.

Coisa do rádio e TV?

Não.

Tenho carro Toyota e alguém na revendedora teve a ideia (boa, por sinal!) de em lugar de ligar oferecendo os serviços de revisão, usar o telefone para perguntar qual a quilometragem do veículo e ai sim, dependendo da informação, falar dos serviços oferecidos. Mas, pelo amor de Deus!, por que ligar dia sim, dia não com a mesma abordagem? Se houvesse outra revenda, juro que levaria o carro à concorrente, talvez por causa da chatice desse telemarketing.

Telemarketing, aliás, está levando muita gente a não atender mais o telefone, tal a quantidade de ligações sem pé nem cabeça.

Erros primários, certo? Mas afinal já não chegamos ao admirável mundo novo do metaverso?

O metaverso, por sinal, é outro assunto que já não se aguenta mais ver e ouvir, tal a quantidade de pessoas preocupadas em se mostrar atualizadas, cujas dissertações lembram o célebre Abelardo Barbosa, o Chacrinha, com o seu “eu vim aqui para confundir e não para explicar”.

Não concordo 100% com a frase “Reputação tem o hábito de chegar a pé e partir a cavalo” atribuída a Paul Polman, CEO da Unilever, mencionada num estudo recente do Instituto Ipsos. Afinal há bons exemplos de empresas que graças a sólido prestígio conseguiram enfrentar crises séria sem serem definitivamente atingidas. Sem dúvida, no entanto, erros primários como o levantado pela Advertising Age, ou os que foram registrados linhas atrás bem como tantos outros facilmente detectáveis, podem pôr em risco os negócios e a reputação de uma empresa ou de uma marca.

Mitos novos e hábitos perenes na comunicação

mitos na comunicação

Alguém ai tem dúvidas de que a XP tem sólida imagem de organização moderna, jovem, atual, ou qualquer outro adjetivo (fica a seu critério) 100% oposto a vetusto, tradicional, conservador?

Empresa, portanto, digital.

Como se houvesse essa coisa de empresa digital. Ou de empresa analógica.

Ou pessoas uma coisa ou outra.

As empresas continuam a ser empresas.

As pessoas continuam sendo pessoas, de carne e osso, às vezes analógicas, às vezes digitais.

Por que isso tudo?

No calor do Corona vírus, a inquestionavelmente moderna XP veicula nos jornais de 15 de março, um maravilhoso anúncio de página inteira, para dizer aos clientes que para mantê-los informados, criou o “Morning Call”, um boletim que estará diariamente, às 8:30h da manhã, onde? Nas rádios BandNews e CBN.

Isso: no rádio!

Mas o rádio não tinha morrido?

E não é verdade definitiva que “ninguém mais lê jornal”?

A direção da XP, nesse caso, tem dinheiro sobrando e resolveu queimá-lo numa mídia morta e num veículo secreto, sem leitores…

Claro que a empresa vai continuar usando intensamente os seus muitos outros canais de comunicação.

Há pessoas que viram o anúncio nos jornais e ouvirão os boletins da XP no rádio. Há os que tomarão conhecimento das mensagens replicados em seu site ou por algum meio digital. Há muitas que serão atingidas nos jornais, no rádio e nas mídias sociais.

O conceito de cobertura e frequência continua valendo.

Mas fiquem todos muito certos de que não vai cessar o blá-blá-blá de que os tempos são outros, as pessoas agora são todas digitais, de que os meios de comunicação offline morreram e apenas se esqueceram de se recolher ao túmulo.

“Novo consumidor” : tão novo quanto era meu avô quando ia às compras

Essa história de que existe um  “novo consumidor” está muito mal contada.

Isso para mim é invenção de marqueteiro.

Só vou acreditar que sim, existe um novo consumidor, na hora em que me mostrarem um consumidor, não importa se da geração y, x, z, da geração blá blá blá, (masoquista até a tampa), que queira ser mal atendido quando entra numa loja, que adore comprar alguma coisa  em sites mal cuidados, com processo de vendas confuso, preços fora da realidade, péssima política de trocas.

Enquanto esse “novo comprador” continuar se comportando igualzinho ao que se comportava meu avô quando ia às compras, querendo ser atendido como gente, para mim ele continuará sendo apenas isso – um consumidor, sem coisa alguma de novo.

OK, o mundo é outro, as formas de comunicação não são as mesmas, os costumes não são os mesmos, as motivações do cliente são diferentes, mas na essência nada mudou.

Quando me casei (isso faz tanto tempo!), meu primeiro apartamento era na Moacir Piza, uma ruazinha de apenas um quarteirão entre as alamedas Jaú e Itu. Logo depois da mudança o sr. Flávio, “vendeiro” da esquina bateu à minha porta para

dizer que estava às ordens, que tinha preços

muito bons e que poderia fazer entregas.

Antes, bem antes, meu pai tinha uma caderneta para comprar fiado na “venda” em que comprávamos. No fim do mês, quando ele pagava a conta, ganhava uma goiabada.

O que mudou de lá para cá?

Nada!

A venda da esquina da Jaú com a Bela Cintra, se ainda existissem vendas daquele jeito, (elas foram engolidas por um outro formato de comércio, talvez o sr. Flávio até seja dono de uma bela rede de supermercados) hoje mandaria uma mensagem eletrônica qualquer, diria o endereço de seu site, talvez oferecesse um cartão-fidelidade ou me convidasse para algum evento especial para clientes especiais.

A caderneta de fiado do meu pai continua existindo, é a fatura do cartão de crédito e a goiabada assumiu a forma de milhas para compra de passagens aéreas e uma infinidade de quinquilharias.

Então é isso: na essência, o consumidor não mudou.

Mudou o mundo, mudaram os meios de comunicação.

Percebo, no entanto, em minha atividade de consultoria de marketing, que há alguns mitos sobre os recursos de comunicação que devem ser postos em seu devido lugar.

Seria no mínimo tolice contestar o poder das mídias sociais; como é tolice achar que elas custam quase nada e operam milagres.

Sobre isso, peço emprestado ao especialista em comunicação on line Achilles Milan, por sinal muito competente, alguns conceitos que ele expõe num artigo que está no blog da Percepta – Uma dica: pense muitas vezes a respeito de tantas dicas sobre mídias sociais..

Ele diz:

“Você já deve estar cansado de ter visto, lido, ou ouvido recomendações com “Os 10 passos para se dar bem nas mídias sociais”, ou as “8 dicas para seu negócio crescer nas mídias sociais”. E eles, os passos e as dicas, talvez até estejam certos, em um modo geral.

Mas talvez não sirvam para o seu negócio.

Antes de entrar na aventura de posicionar sua marca nesse território selvagem, ou mesmo se já está nele, mas está achando que está tudo meio estranho, ou tem alguma coisa errada, faça essa pergunta:

Meu negócio precisa, realmente, estar nas mídias sociais?”

Ele não tem nada contra as mídias sociais, apenas está seguro de que na sua área há muita desperdício de dinheiro até por falta de conhecimento, tanto que em seguida fala de plataformas, melhores maneiras de interagir com o consumidor, e dá uma dica: “Pense muitas vezes a respeito de tantas dicas sobre mídias sociais”.

Leia o artigo.

E se achar que o Achilles e eu estamos errados, que, sim, existe um novo consumidor, que as mídias sociais são uma espécie de elixir milagreiro, não se vexe: discorde, exponha seu ponto de vista. Não há sintoma mais evidente de burrice do que negar-se a mudar de opinião. Eu mudo. Fácil, fácil. O Achilles também.

Você pensa na jornada de compras do seu cliente?

Usar o chapéu de cliente vai ajudá-lo a traçar várias estratégias de comunicação e marketing.

Jornada do cliente

Você como cliente e sua jornada de compras

Quando pensamos em comprar algo, utilizamos várias fontes de informações para selecionar itens que farão parte da nossa escolha. Por exemplo, ao fazer uma reforma da casa, para decidir sobre o tipo de piso, a melhor tinta, as cores ideais e as melhores marcas a serem escolhidas, você consulta blogs de decoração, lê revistas sobre arquitetura, decoração e construção, consulta arquitetos e decoradores, fala com engenheiros, empreiteiros, pedreiros, amigos e até a tia Cotinha que acabou de terminar uma reforma.

 

Ao fazer essa busca, se você se deparar com uma marca sendo recomendada por Jornada de compras do clienteinúmeras vezes, você passa a considerá-la em seu processo de avaliação. Nessa etapa, poucas opções farão parte de sua lista. Coloca-se na balança tanto o que se oferece, como o que se espera em relação ao desempenho do produto, serviços e benefícios, incluindo também toda a relação pregressa que já teve com essas marcas.

 

No processo de decisão, você fará uma comparação entre as possibilidades de marcas, considerando aspectos tangíveis e intangíveis – racionais e emocionais. A forma como recebeu informações sobre os produtos, como o vendedor o atendeu, a facilidade para encontrar o que estava procurando no site, nas redes sociais, a relação custo e valor percebido dos produtos.

 

Agora, você empresário pense: Como você pode estar presente em todos os momentos da jornada de compras de seu cliente?

 

Lembre-se de que a cada interação que sua marca tem com um prospect ou cliente é um momento da verdade – seja no ponto de venda, no seu e-commerce, nas redes sociais, nas mídias de massa, por meio de um vendedor ou influenciador – não importa se é digital, presencial, ou quando se depara com um anúncio publicitário ou por uma recomendação. Destacar-se da concorrência é fundamental, desde o básico como prestar as informações e o atendimento adequado até uma inovação para encantar o seu target.

O objetivo é fazer com que cada interação ajude na construção da credibilidade e no posicionamento de sua marca.

 

Como está a presença da sua empresa na jornada de compras de seus clientes?

Deixe-nos saber um pouco mais sobre suas estratégias e quem sabe, poderemos torná-la mais inovadora.

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Mídias Sociais: modismo passageiro ou valor definitivo?

As mídias sociais resolvem qualquer problema.

O Jaime Troiano (Troiano Consultoria de Marca) vira e mexe usa uma frase que não sei de onde veio, mas é ótima: Para quem tem martelo, tudo é prego. É a clássica história do profissional de comunicação que tem fórmulas prontas, sempre a mesma, seja lá qual for o problema.

Em tempos remotos, a fórmula consagrada pelos publicitários era comercial na Globo e página dupla em Veja.

Os tempos são outros, mas a turma do prato pronto continua dando as cartas.

Já não é mais o modelo Globo+Veja.

Tudo, agora, se resumComunicação Integrada de Marketinge na verdade definitiva de que as mídias sociais resolvem qualquer problema.

São os monoteístas das mídias sociais.

Segundo a crença, mídias sociais além de fazerem milagre, custam muito pouco.

Mentira!

As agências de propaganda tradicionais só começaram a se transformar em agências integradas, com especialistas em todas as especialidades, na hora em que perceberam as imensas fortunas que estavam saindo de seu caixa para tomar outro caminho em direção ao das agências digitais.

Vamos deixar isso claro: a propaganda baratinha nas mídias sociais não é baratinha coisa nenhuma. Assim como não resolvem, sozinhas, qualquer problema de comunicação.

Vejam os casos de recalls, que agora se transformaram em coisa comum do dia a dia, talvez para demonstrar que os controles de qualidade dos fabricantes, especialmente automóveis, estão meio tatibitate…

Cada vez que há um recall, as companhias anunciam em todos os lugares, analógicos ou digitais…

Vamos deixar isso claro: não há pessoas online (só online) ou pessoas offline (só offline): só pessoas normais, que fazem xixi como quaisquer outras, que leem blogs, postam mensagens no seu inseparável telefone, mas ouvem rádio, leem livros e jornais, veem TV.

Há casos, inquestionavelmente, em que os anúncios no Facebook, LinkedIn, YouTube, Instagram, proporcionaram resultados excelentes sem custar fortunas, mas dizer que isso é a regra geral é verdadeiro despautério.

Um competente médico conhecido meu, adepto fervoroso da medicina humanizada, sempre teve enorme dificuldade em conseguir jovens doutores que quisessem ser “médicos da família”. Depois de umas poucas campanhas feitas nas mídias sociais, hoje ele tem fila de espera de candidatos a fazer residência nessa especialidade.

Mas tomar esse exemplo como regra geral é no mínimo demonstração de falta de senso.

Vale a pena ler a matéria de capa da revista Exame (edição com data de 1/março/2017): “Polêmicos, populares e influentes” sobre as novas celebridades digitais que fazem tanto sucesso entre a molecada e que, no duro, o que fazem o tempo todo é nada mais nada menos que o velho e carcomido merchandising, matérias pagas com jeitão de depoimento.

Matérias que deveriam, e raramente o são, assinaladas como matéria paga. O texto da revista, aliás, lembra que nos Estados Unidos a Federal Trade Comission e aqui no Brasil o Conar estão adotando medidas para conter os abusos cometidos em detrimento do consumidor desavisado, sendo vítimas, muitas vezes, o desprotegido mercado infantil.

Para complementar, veja meu vídeo sobre o assunto:

Deixe seu comentário, queremos saber o que você pensa à respeito!

Por que fazer simples o que pode ser complicado?

ConsumidorHá duas matérias publicadas nos últimos dias, uma no Estadão (4 de abril) e outra na Advertising Age (6 de abril) que são parentes próximas.

Ao falar da batalha entre o mundo online e offline o diretor da Talent (que agora se chama Talent Marcel), apresenta uma série de argumentos absolutamente válidos sobre o valor e a longevidade das grandes ideias.

E conclui, com sabedoria, que o consumidor é apenas isso, um consumidor, uma pessoa de carne e osso, com razão, sentimentos, valores, emoções, que entre o se levantar da cama pela manhã e voltar a se deitar outra vez numa hora qualquer da noite, é exposta a uma infinidade de mensagens publicitárias, ora digitais, ora analógicas.

Puro radicalismo oportunista isso de achar que existem pessoas 100% uma coisa ou 100% outra.

Publicitários, entretanto, têm seus cacoetes e manias. Uma delas é a pretensão de se sentirem seres iluminados e especiais, somente eles capazes de revelar verdades definitivas que passam batido por pobres imortais incapazes de perceber obviedades que estão na ponta de seus narizes.

Outra é dar nome novo a coisas velhas e saírem se pavoneando.

Meu Deus do céu! Onde está a novidade de que grandes ideias têm um valor extraordinário! O tema “boa ideia” foi lançado há cerca de 30 anos e é dessa forma que a 51 continua sendo lembrada, geração após geração. Com ou sem mídia digital.

Onde está, também, a novidade de que eficazes estímulos ao consumo e à preferência por um produto, uma marca, uma ideia tanto pode vir do texto de um blog, como de um anúncio na tv, jornal, rádio, placa de esquina, traseira de um ônibus que roda pela periferia?

Para que inventar nome novo e complicado e apregoar a invenção de “noline” como se isso fosse uma inovadora proposta?Planejamento Comunicação

A Talent do Júlio Ribeiro sempre foi uma das mais talentosas agências que o Brasil já conheceu. Suas brilhantes campanhas estão aí para não deixar dúvida alguma, mas tanto quanto eu me lembre nunca precisou criar teses supostamente revolucionárias para chegar onde chegou.

E onde entra a matéria do Advertising Age?

Entra na entrevista dada por um dos bam bam bans da Procter & Gable, que lembra justamente a mania que os publicitários têm de tornar complexas coisas que podem ser simples. Querem criar complexidades? Tudo bem. Mas ele diz, sem meias palavras, que a complexidade das agências (ou a complexidade que os publicitários criaram para sua atividade) é problema delas, agências, e não dos anunciantes. “O fato de o marketing digital ter mudado muito rapidamente levou as agências a criar uma enorme fileira de agências diferentes”, diz ele. E lembra, então, que as agências têm que se entender e tratar de integrar isso tudo sem transferir para o anunciante o ônus da solução desse problema.

Palmas para o bam bam bam da Procter.

Consultores externos, Problemas à vista?

Você começa bem a sua rotina no trabalho. Abre sua caixa de e-mails, se prepara para as próximas reuniões, verifica com seu pessoal como está o andamento dos trabalhos mais importantes, checa a agenda da semana, levanta para tomar um café… Dia normal como tantos na sua organização. Seus resultados estão dentro do esperado, seu departamento foi bem na última avaliação de clima. Lá pelas onze, seu chefe lhe chama para seu escritório. Estranho, não havia reunião mercada.

Texto 11 ChefeJá no escritório dele, você reconhece algumas pessoas de fora, que já tinha visto em outros corredores. Seu chefe amavelmente lhe apresenta a equipe daquela famosa consultoria que vai desenvolver um projeto em algumas áreas da empresa, entre elas, a sua.

A partir daí um conjunto de dúvidas paira em sua mente e enquanto ouve o rápido briefing do projeto, vai pensando por que sua área foi envolvida. Como já sabemos, seus números estão dentro das metas, seus resultados são bons e seu clima, muito razoável. Essa dúvida continua até que você ouve da Consultora a proposta de agenda: – Pode ser amanhã por volta das dez na sua sala? Sorridente você concorda e sai da reunião com a estranha sensação de que há algo errado…

Equipes multidisciplinares de projeto, com gente de fora, costumam questionar processos e rotinas, avaliar pessoas do time e quase sempre nos tiram da nossa zona de conforto, que é para onde sempre temos a tendência de ir (até mesmo quando queremos tomar um café). Instintivamente, temos a tendência de nos cercar de indicadores adequados como bons resultados, bônus acima da média, satisfação dos clientes, bom ambiente da equipe, para então criar uma nova área de conforto, ainda que transitória. Essa área é necessária para que você atinja os objetivos ajustados com seu chefe e com a empresa, e colocar uma equipe externa dentro desse espaço confortável pode ser um tanto estranho.

Texto 11 AtividadeA partir daí temos algumas possibilidades de atitude dentro do esperado e do praticado nas organizações. Começando por estabelecer atitudes defensivas, passando por justificativas bem fundamentadas para processos correntes e um pouco de restrição ao acesso a dados confidenciais, a tendência natural dos executivos é procurar garantir seu espaço de autoridade e de influência no reequilíbrio de forças que essa situação impõe.

Poucos executivos se mostram mais colaborativos enquanto entendem de modo mais amplo as razões do novo projeto e as possibilidades que explicita ou implicitamente surgem com essa chegada. Ao mesmo tempo em que gente nova causa uma entropia natural no grupo, abre-se a possibilidade de novas descobertas, novas maneiras de fazer e novos objetivos, eventualmente mais apaixonantes.

A partir daí é preciso que você seja muito franco e estabeleça como você mesmo e sua área esteja depois que a equipe externa concluir o seu trabalho. Isso mesmo. Esse dividendo pode e deve ser adequadamente planejado para que seu time possa ter novas e melhores perspectivas, desde novos conhecimentos adquiridos até novas possibilidades de carreira dentro ou fora da sua área. Tais possibilidades surgirão de uma forma ou de outra, e se sua equipe estiver atenta, poderá colher bons frutos, ampliando seus horizontes e ganhando nova motivação. Para tanto é necessário aprimorar as nossas habilidades de comunicação.

O crescimento profissional do time, o ganho de conhecimento e de atitude se dá em ambientes colaborativos em que de modo franco e equilibrado, todos tenham a possibilidade de se expor sem riscos de julgamentos prévios e que a informação possa fluir de forma transparente e honesta entre todos. Passar por cima de paradigmas, modelos pré-concebidos e mitos da organização é importante para criar um ambiente de franqueza e confiança.

ETexto 11 Coopetitionsse ambiente é a base para construção de novos “saberes” e de novas atitudes, mais alinhadas do que se busca para uma empresa cada vez mais imersa no ambiente moderno de “coopetição”.

E aí, já decidiu quais os dividendos que você terá de seu próximo projeto?

Afogado no Oceano Digital?

Você já reparou na quantidade de e-mails de sua caixa postal todos os dias?

Oceano digitalSão grupos que você optou por participar, correspondências legítimas de seus amigos, colegas de trabalho, familiares, mensagens profissionais, mensagens bem humoradas, convites para programas, manifestações, avisos de redes sociais, avisos de seus softwares de controle para que você não se esqueça de nenhum aniversário, nota importante de uma reunião e até ofertas interessantes de sites de compras que você voluntariamente optou por participar.

Só isso já dá um grande trabalho para ser filtrado, organizado, selecionado e priorizado para aquele tempinho que você decidiu reservar para leituras e contatos.

E apesar da quantidade de filtros, AntiSpams, e outras barreiras que você possa ter criado, você ainda receberá uma quantidade enorme de mensagens não solicitadas, com ofertas mirabolantes, viagens inesquecíveis, produtos caros com preços incrivelmente baixos, transformações corporais emailsduvidosas e outros milagres.

Nesse mar de informação digital que chega todos os dias, podemos estar jogado coisa boa fora, deixando passar oportunidades ou simplesmente perdendo oportunidades de encontrar pessoas que gostamos ou fazer um novo contato com alguém importante para nosso relacionamento profissional.

Embora não tenha uma receita de bolo para encontrar as pérolas no meio de toda a lama, talvez possamos ter alguns cuidados para melhorar a retenção daquilo que nos interessa:

  1. Priorize temas – É muito comum em alguma área de nossas vidas, querermos “abraçar o mundo”, mas nem sempre é possível, a não ser que você tenha tempo de sobra. Se não tem, deixe as aulas de Mandarim para o ano que vem e não se recrimine. Chegará o momento de começa-las, quando isso se tornar de fato importante para sua vida. É como escolher um prato num bom restaurante. Você não vai conseguir provar tudo, então escolha o que mais lhe apetece.
  2. Não use apenas critérios racionais – Ninguém consegue só se concentrar naquilo que é claramente importante. Além disso, descontrair-se, rir um pouco, sair do ambiente de sempre, aumenta a sua criatividade e lhe dará mais poder de concentração, quando você precisar dele.
  3. Limpe sua vida, não sua caixa de correio – Abra mão de determinados grupos, ainda que eles sejam interessantes. Escolha uma quantidade que você consiga dar conta e participar de forma adequada. Você perderá em quantidade, mas ganhará em profundidade, o que no final, será mais útil.
  4. Assuma que algumas informações serão de fato perdidas – Não tenha receio. Se algo é de fato importante isso chegará até você por um meio ou por outro. E se não chegar, paciência. Lembre-se que a profundidade que você ganhou no item anterior, é uma recompensa mais importante do que estar a par de tudo, real-time.
  5. Tenha a coragem de tirar um dia de descanso – É isso mesmo. Uma Comunicaçãovez por semana, esqueça o smartphone, o tablet, o computador. Tire um dia para viver o mundo real, sem o auxílio digital. Aproveite para falar ao vivo com pessoas, ver filmes, novas paisagens ou um bom livro (impresso, claro!) e se você for morador de uma cidade grande, dê um jeito de sair do shopping. Passada a crise de abstinência, você verá que há vida  interessante no mundo real.

Após praticar esses cinco passos, posso garantir que você se sentirá mais confiante e mais aberto a novas possibilidades, ainda que perca uma ou outra informação importante, e não ceda à crise de abstinência, ela passará e você será mais feliz, o que ao final, é de fato o que importa.